Estação Brodowski

Estações ferroviárias foram marcos na paisagem de muitas cidades. Mais que isso, foram os pontos centrais da vida social e comercial das comunidades do estado de São Paulo, de outros estados das regiões Sudeste e Sul do Brasil e de vários outros países. Muitas perderam o uso original e a interação com a população pela extinção de linhas férreas, porém sempre serão testemunhos dos transportes ferroviários e da história geral, que devem ser preservados com significados. Novos usos devem contemplar a conservação das edificações com integridade e, ao mesmo tempo, resguardar e divulgar a memória do uso original com ações de preservação de herança para fomentar o conhecimento histórico.

A estação Brodowski, inaugurada em 1894, é patrimônio histórico e importante referência da memória local e regional, contribuindo com o senso de lugar da comunidade. Encontra-se preservada com bom grau de integridade e com possibilidades de recuperação de características encobertas por intervenções. Pode ser incluída entre as poucas estações da antiga Companhia Mogiana que atualmente recebem atenção de preservação.

Significado histórico

Foi parte do desenvolvimento dos serviços de transporte iniciados no século XIX, do ciclo do café, incluindo a imigração de europeus, especialmente italianos, na região nordeste do estado de São Paulo, e do surgimento da cidade de Brodowski, que teve sua urbanização inicial planejada.

Significado associativo

É herança da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, uma das grandes companhias ferroviárias paulistas que tiveram atividades entre 1870 e 1970, e está diretamente relacionada ao modo de vida na pequena cidade que originou, modo que influenciou e foi representado na obra do artista Candido Portinari.

Significado estético

Reflete a opção arquitetônica da Companhia Mogiana de 1875 a 1920, com influência inglesa, linhas de inspiração industrial, tijolos aparentes e elementos decorativos sóbrios nas janelas e cobertura.